Firmeza e gentileza ao mesmo tempo, o tempo todo
Todos queremos (até exigimos) que nossos filhos e alunos nos respeitem. E o contrário? Somos sempre respeitosos com eles? Respeito é o tipo da coisa que não se ensina “falando a respeito”, mas sim dando o exemplo! Ensinamos respeito sendo respeitosos com eles.
Como todos nós (pais e mães e professores) somos humanos e imperfeitos, temos uma tendência natural de ser mais rígidos ou mais permissivos... Firmes demais ou gentis em excesso. Nenhum desses dois extremos é respeitoso, nem com as crianças, nem com os adultos e nem com a situação. Sendo que não é preciso ser de um jeito ou do outro- podemos sim ser gentis E firmes ao mesmo tempo.
Rudolf Dreikurs nos ensinou a importância de ser gentil e firme ao mesmo tempo:
“Gentileza é importante para mostrar respeito pela criança.
Firmeza é importante para mostrar respeito por nós mesmos e conforme a necessidade da situação.
Aos métodos autoritários, geralmente falta gentileza, e aos métodos permissivos falta firmeza.
Gentileza e firmeza são essenciais para a Disciplina Positiva”.
(Disciplina Positiva, Nelsen, J. , 2015. Ed. Manole)
Muitos pais, durante minhas palestras me perguntam se dessa forma não estamos sendo “moles” demais com as crianças. Ser gentil não significa ser permissivo! Somos permissivos quando mimamos, superprotegemos e fazemos todas as vontades deles. Somos gentis quando, empaticamente, por exemplo, validamos o sentimento da criança dizendo: “Imagino como você se sente. Já me senti assim”.
O simples fato de permitir que as crianças tenham e expressem seus sentimentos, os fará se sentir aceitos e aprender como lidar com esses sentimentos. Depois de validar sentimentos e demonstrar compreensão, é possível estabelecer conexão. Aí vem a firmeza. Nós pais precisamos assumir nosso papel de educadores e definir limites, oferecendo, por exemplo, escolhas limitadas aos nossos filhos:
“Eu sei que você não queria ir dormir para continuar brincando e está na hora de dormir. Eu posso te contar uma historia ou duas. Você decide!”
Como vocês acham que a criança se sente ao ouvir: “Você decide!”?